30 de setembro de 2012

27 de setembro de 2012

se a gente deixa um pedaço do coração em cada lugar, acaba ficando sem nenhum.

(conselho de um amigo)

26 de setembro de 2012

‎"Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.

O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.

Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Não se mate"

Carlos Drummond de Andrade.





25 de setembro de 2012






miguel burnier - mg 2011

12 de setembro de 2012


atestado de banana.

10 de setembro de 2012


local de trabalho ou o mesmo solo pisado entre as pernas do tripé.


laura lavou o carro da vovó. nisso o cachorro fugiu.


equipe de betim matando o tempo. só nego firmeza.


bujão na varanda do quilombo lusco-fusco (a unica foto que ficou ilesa)


computadores fazem arte.

2 de setembro de 2012

Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia
João Guimarães Rosa