20 de abril de 2017

Nove verdades, por Manoel de Barros:
1) Tudo que não invento é falso.
2) Tem mais presença em mim o que me falta.
3) O meu amanhecer vai ser de noite.
4) Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
5) A inércia é o meu ato principal.
6) Por pudor sou impura.
7) Não gosto de palavra acostumada.
8) Não preciso do fim para chegar.
9) Do lugar onde estou já fui embora.


*por kk maia

13 de abril de 2017

dormir com um copo dagua ao lado
pela manhã beber os sonhos
para poder digeri-los
Eu piloto porque é divertido.
Eu piloto porque gosto da liberdade que sinto ao estar exposto aos elementos, e ao perigo que faz parte do ato de pilotar.
Eu não piloto porque é fashion e está na moda.
Eu piloto a minha máquina, mas não a visto como uma roupa. Minha moto não é um símbolo de status. Ela existe apenas para mim, e para mim somente.
Minha máquina não é um brinquedo. É uma extensão do meu ser, e eu vou tratá-la de acordo, com o mesmo respeito que eu tenho por mim mesmo.
Eu me empenho em tentar entender o funcionamento da minha máquina, do item mais simples ao mais complexo. Eu vou aprender tudo o que puder sobre a minha máquina, para que eu não precise contar com ninguém mais além de mim para manter sua saúde e bem-estar.
Eu me esforço para melhorar constantemente o controle sobre a minha máquina. Irei aprender os seus limites para que possamos nos tornar um só, e assim manter nós dois vivos na estrada. Eu sou o mestre, ela é a serviçal. Trabalhando juntos em harmonia, seremos um time invencível.
Eu não irei temer a morte. Mas irei fazer todo o possível para evitar uma morte prematura. Medo é o inimigo, não a morte. Medo na estrada leva à morte, é por isso que não deixarei o medo me dominar. Eu irei dominá-lo.
Minhas máquinas viverão mais do que eu, elas serão meu legado. Eu cuidarei delas para que futuros motoqueiros possam estimá-las como eu as estimei um dia, sejam eles quem forem.
Eu não irei pilotar para ganhar atenção, respeito ou medo daqueles que não pilotam. Nem desejo intimida-los ou perturba-los. Para aqueles que não me conhecem, tudo o que eu desejo é que eles me ignorem. Para aqueles que querem me conhecer, eu vou compartilhar a verdade sobre mim, para que eles possam me entender e não temer outros como eu.
Eu nunca serei o agressor na estrada. No entanto, se provocado, irei lidar com a provocação de acordo.
Eu mostrarei meu respeito com os motoqueiros mais velhos ou com mais conhecimento do que eu. E tentarei aprender com eles o máximo que puder. No entanto, se o meu respeito não for apreciado ou correspondido, ele irá acabar.
Eu não serei desrespeitoso com outros motoqueiros menos experientes ou com menos conhecimento do que eu. Irei ensinar para eles o que puder. No entanto, se eles forem desrespeitosos comigo, levarão uns tapas.
Será minha tarefa ser o mentor de novos pilotos, se assim eles quiserem, para que a nossa espécie continue. Eu irei instruí-los, assim como fui instruído por aqueles antes de mim. Eu deverei preservar a honra e as tradições dos motoqueiros, e as passarei para frente inalteradas.
Eu não irei julgar outros motoqueiros pela escolha de suas máquinas, pela aparências ou profissão. Eu irei julgá-los apenas pela suas condutas como motoqueiros. Eu tenho orgulho das minhas conquistas, mas nunca irei me gabar delas perante aos outros. Irei dividi-las com os outros apenas se for perguntado.
Eu vou estar sempre pronto para ajudar outro motoqueiro que realmente precise da minha ajuda. E eu nunca vou pedir para outro motoqueiro fazer algo que eu possa fazer sozinho.
Eu não sou um motoqueiro de meio-período. Eu sou um motoqueiro em qualquer lugar que eu vá. Eu tenho orgulho de ser motoqueiro, e não escondo a minha escolha de vida de ninguém.
Eu piloto porque amo a liberdade, independência e o chão se movendo sob os meus pés. Mas acima de tudo, eu piloto para me conhecer melhor, minha máquina e os lugares por onde passo.
– Autor Anônimo –

http://olddogcycles.com/2013/10/a-doutrina-dos-motoqueiros.html
os pelos
uns rebeldes

que a gente controla
combate
e (su)oprime

um dia deixo os pelos crescer e vou pro mato.

12 de abril de 2017

avec mon amour an le bilhair

(da curta série de selfies nossos) work in progress - 2017

9 de abril de 2017

7 de abril de 2017

Ainda que te esforces para não te relacionar com ninguém, mesmo que te distancies de tudo e de todos e decidas ir morar num lugar ermo, tua presença é inextricavelmente vinculada a toda a humanidade e, por isso, passarão por ti todas as sensações que nossa humanidade produz a cada momento.
Sem ter consciência de como as coisas funcionam na realidade cósmica, nesse isolamento em que existes imaginas que as sensações sejam todas tuas e, por isso, as personalizas e tentas entender do teu ponto particular de vista.
Isso te destrói aos poucos, porque assumes o comando individual de algo que é infinitamente maior do que tua capacidade individual de comandar.
Para isso não ser assim, reserva um horário do dia para te entregares ao universo sem resistência, sem ressalvas e de forma incondicional.
q.

6 de abril de 2017

& Saturno já está retrógrado.
parou e voltou pra trás no grau 27 de Sagitário, e voltará até o 21. os eixos do tempo precisam ser revisados, as fronteiras entre crença e cegueira vão se abalar até a afinação. vale não encarar desilusões e frustrações como muralhas, escolha bem onde você quer colocar suas fronteiras.
& com o belíssimo trígono que essa retrogradação vai montando com Urano em Áries e que vai se manter até a entrada de Saturno em Capricórnio no fim do ano, eu acho, eu confio, e espero um dia ter certeza de que estamos todos nos atualizando de corpo físico e espírito, na constante sensação de day-after que andam esses tempos. é como acordar a cada dia numa catástrofe diferente & o mais importante, desculpem, acho que não é a consciência da ruína, da destruição, da derrota, mas a possibilidade de, pelo menos minimamente, aprendermos algo com isso. poderia, eu adoraria que fosse, adoraria que pudéssemos, que você pudesse, que eu possa descobrir novamente o fogo.
Saturno em trígono com Urano em signos de fogo pode ser como a lâmina amolada de Xangô, machado da justiça cortando rente o peso das coisas. e até agosto, acho que nada de veredictos, com o senhor do tempo andando pra trás, é tempo de revisar, rever, recolocar, replanejar, redescobrir.
e tudo isso pra quem quiser dançar, é numa dança, na dança de reinvenção de si.
& Saturno já está retrógrado.
parou e voltou pra trás no grau 27 de Sagitário, e voltará até o 21. os eixos do tempo precisam ser revisados, as fronteiras entre crença e cegueira vão se abalar até a afinação. vale não encarar desilusões e frustrações como muralhas, escolha bem onde você quer colocar suas fronteiras.
& com o belíssimo trígono que essa retrogradação vai montando com Urano em Áries e que vai se manter até a entrada de Saturno em Capricórnio no fim do ano, eu acho, eu confio, e espero um dia ter certeza de que estamos todos nos atualizando de corpo físico e espírito, na constante sensação de day-after que andam esses tempos. é como acordar a cada dia numa catástrofe diferente & o mais importante, desculpem, acho que não é a consciência da ruína, da destruição, da derrota, mas a possibilidade de, pelo menos minimamente, aprendermos algo com isso. poderia, eu adoraria que fosse, adoraria que pudéssemos, que você pudesse, que eu possa descobrir novamente o fogo.
Saturno em trígono com Urano em signos de fogo pode ser como a lâmina amolada de Xangô, machado da justiça cortando rente o peso das coisas. e até agosto, acho que nada de veredictos, com o senhor do tempo andando pra trás, é tempo de revisar, rever, recolocar, replanejar, redescobrir.
e tudo isso pra quem quiser dançar, é numa dança, na dança de reinvenção de si.

5 de abril de 2017

parei de fumar maconha por um tempo e estou lembrando dos meus sonhos quase todos os dias. até um breve cochilo e pá. um sonho breve. é bom sacar os modos como a nossa mente nos dá sinais das coisas que estão lá dentro e mais fundo. as drogas podem nos levar mais adentro, mas também podem fazer boiar na própria superfície. em busca do equilíbrio. parei por hora, mas se rolar um natural me chama.

4 de abril de 2017

"quando uma mulher, de certa tribo da áfrica, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a 'canção da criança'. quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.
logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe cantam sua canção.
quando se torna adulta, a gente se junta novamente e canta.
quando chega o momento do seu casamento, a pessoa escuta a sua canção.
finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, assim como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-la na viagem.
nesta tribo da áfrica há outra ocasião na qual cantam a canção.
se em algum momento da vida a pessoa comete um erro, levam-no até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor. então lhe cantam a canção.
a tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo, é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade. quando reconhecemos nossa própria canção, já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.
teus amigos conhecem a sua canção e a cantam quando você a esquece.
aqueles que te amam não podem ser enganados pelos equívocos que comete ou as nebulosas imagens que os demais vêem.
eles recordam sua beleza quando se sente feia; sua totalidade quando está quebrada; sua inocência quando se sente culpada e seu propósito quando está confusa."
tolba phanem