8 de dezembro de 2018
16 de novembro de 2018
Tornando as coisas claras
Válido durante várias semanas : Durante este trânsito talvez prefira guardar para si as suas opiniões e nada dizer aos outros, mesmo quando deveria. Mas, ao mesmo tempo, talvez esteja mais do que nunca em contato com o lado oculto de sua personalidade, suas pulsões e compulsões inconscientes. O primeiro desses dois efeitos pode ser indesejável ou inadequado, mas a capacidade de chegar às áreas ocultas de seu caráter pode ser bastante proveitosa. O problema aqui é que você pode achar que os outros usarão tudo que disser contra você. E isso realmente pode acontecer, principalmente se suas palavras forem motivadas por interesses mesquinhos e egoístas. Mas é mais provável que seja usado contra você aquilo que não disser. Por conseguinte, é fundamental dizer tudo que precisa ser dito.
hoje vesti uma camiseta do meu pai e só mais tarde fui ver que era dele. senti meu corpo e o dele dentro da camisa. a admiração e as questões que nos separam. o abismo da ignorância. o muro que nos separa do outro. um muro especular. dói ver como somos diferentes e tão parecidos.
hoje vesti uma camiseta do meu pai e só mais tarde fui ver que era dele. senti meu corpo e o dele dentro da camisa. a admiração e as questões que nos separam. o abismo da ignorância. o muro que nos separa do outro. um muro especular. dói ver como somos diferentes e tão parecidos.
10 de novembro de 2018
8 de novembro de 2018
7 de novembro de 2018
5 de outubro de 2018
30 de setembro de 2018
26 de setembro de 2018
21 de setembro de 2018
17 DECRETOS DE AKROMA
De agora em diante os textos serão pessoais e poéticos.
4 - Decreto viver na insegurança e na confiança.
Não quero me arriscar atoa, me arriscarei somente pelo amor. O amor não é somente a tranquilidade, o amor é pura ação e insegurança. Jalal ad-Din Muhammad Rumi escreveu em um de seus poemas ''
Aquele eu nunca matou por amor já está morto '' Não me refiro aqui para você sair com uma metralhadora matando as pessoas, você pode matar a fome e a sede daqueles que sofrem, matar seus vícios com a alma do amor que nasce do desejo da transformação e compaixão pelos seres humanos. Você será ajudado quando começar ajudar, essa é a essência da transformação.
12 - Decreto sobre os amores do passado
Quem tem amor no coração não vive no passado, quem ama realmente da liberdade e sente prazer em ver a ex-namorada ou até mesmo o ex-namorado feliz. Não fique triste se a sua ex-namorada está namorando outro cara, porque isso é o melhor exemplo que você deve seguir adiante. Quando você esquece realmente alguém se lembrará de você para uma noite de nupcias. A fidelidade está em extinção, sempre que o traidor trai sua namorada quando ela larga dele ela acaba descobrindo vários relatos mais cedo ou mais tarde. Não confunda o amor com uma detenção, não permaneça preso a ninguém. Porque isso é amor á liberdade á felicidade. Tudo é passageiro, nada é para sempre. Ame e deixe ir. Se você for um desesperado nunca terá coragem de viver as loucas aventuras que estão reservadas para você. Se eu fosse um doutor lhe receitaria a ousadia e indicaria a farmácia mais próxima de você. Pelo amor vale a pena se arriscar, porque o amor irá libertá-lo.
De agora em diante os textos serão pessoais e poéticos.
4 - Decreto viver na insegurança e na confiança.
Não quero me arriscar atoa, me arriscarei somente pelo amor. O amor não é somente a tranquilidade, o amor é pura ação e insegurança. Jalal ad-Din Muhammad Rumi escreveu em um de seus poemas ''
Aquele eu nunca matou por amor já está morto '' Não me refiro aqui para você sair com uma metralhadora matando as pessoas, você pode matar a fome e a sede daqueles que sofrem, matar seus vícios com a alma do amor que nasce do desejo da transformação e compaixão pelos seres humanos. Você será ajudado quando começar ajudar, essa é a essência da transformação.
12 - Decreto sobre os amores do passado
Quem tem amor no coração não vive no passado, quem ama realmente da liberdade e sente prazer em ver a ex-namorada ou até mesmo o ex-namorado feliz. Não fique triste se a sua ex-namorada está namorando outro cara, porque isso é o melhor exemplo que você deve seguir adiante. Quando você esquece realmente alguém se lembrará de você para uma noite de nupcias. A fidelidade está em extinção, sempre que o traidor trai sua namorada quando ela larga dele ela acaba descobrindo vários relatos mais cedo ou mais tarde. Não confunda o amor com uma detenção, não permaneça preso a ninguém. Porque isso é amor á liberdade á felicidade. Tudo é passageiro, nada é para sempre. Ame e deixe ir. Se você for um desesperado nunca terá coragem de viver as loucas aventuras que estão reservadas para você. Se eu fosse um doutor lhe receitaria a ousadia e indicaria a farmácia mais próxima de você. Pelo amor vale a pena se arriscar, porque o amor irá libertá-lo.
13 - Decreto saudade
Saudade é a alma costurada descosturando-se do amado. A saudade não tem nada a ver com o ciúmes. O ciúmes muitas vezes é abstinência corporal, quando o ciúmes é obsessivo é um amor doentio e carnal puramente tóxico. O ciúmes lhe da coragem de matar , o ciúmes obsessivo enlouquece os ignorantes. A saudade que nasce do amor faz você sentir-se acolhido pela alma amada a longa distancia. Não há fronteiras que o poder do amor possa atravessar. A saudade nunca machuca e causa desconforto emocional. A saudade é a certeza que o amado está em segurança porque a verdadeira saudade envolve confiança.
Saudade é a alma costurada descosturando-se do amado. A saudade não tem nada a ver com o ciúmes. O ciúmes muitas vezes é abstinência corporal, quando o ciúmes é obsessivo é um amor doentio e carnal puramente tóxico. O ciúmes lhe da coragem de matar , o ciúmes obsessivo enlouquece os ignorantes. A saudade que nasce do amor faz você sentir-se acolhido pela alma amada a longa distancia. Não há fronteiras que o poder do amor possa atravessar. A saudade nunca machuca e causa desconforto emocional. A saudade é a certeza que o amado está em segurança porque a verdadeira saudade envolve confiança.
20 de setembro de 2018
Hoje a minha cadela Preta morreu.
Eu ganhei a Preta da Isadora. Eu queria uma cachorra grande pra tomar conta da casa e ela parecia um rotweiler quando filhote. A mae era vira lata e a Preta nunca cresceu muito. Ela tinha muita fome e depois que foi castrada engordou muito e a saúde dela ficou debilitada.há uns 3 meses a gente tava fazendo varios tratamentos com veterinarios diferentes mas ninguem descobriu o que ela tinha.
A nossa relação foi um pouco turbulenta. ela era uma cadela diferente. Não vinha quando eu chamava. Eu cuidei bem dela. Tentei "educar". As vezes ela fugia e só voltava no outro dia. Até aí tudo bem . mas o que me deixava puto era andar atrás dela na rua e ela fugir de mim. Acho que fui muito duro com ela algumas vezes. Peço desculpas Preta.
Talvez eu tenha a amado esperando algo em troca... sua lealdade... e ela tinha suas próprias vontades e desejos.
Quando eu saí do quilombo e fui morar na serra eu deixei ela com meu pai. Ele amou ela de um jeito mais paterno que o meu. Aceitava ela, fazia seus caprichos e mimava. Eu tentava zelar pela educação, não deixava subir no sofá e ele liberou tudo. Acho que ela foi muito feliz nesse tempo.
Acho que tem muitas coisas pra eu aprender com a Preta. Sou muito grato. Vai com Deus. Fica em paz Pretinha
Eu ganhei a Preta da Isadora. Eu queria uma cachorra grande pra tomar conta da casa e ela parecia um rotweiler quando filhote. A mae era vira lata e a Preta nunca cresceu muito. Ela tinha muita fome e depois que foi castrada engordou muito e a saúde dela ficou debilitada.há uns 3 meses a gente tava fazendo varios tratamentos com veterinarios diferentes mas ninguem descobriu o que ela tinha.
A nossa relação foi um pouco turbulenta. ela era uma cadela diferente. Não vinha quando eu chamava. Eu cuidei bem dela. Tentei "educar". As vezes ela fugia e só voltava no outro dia. Até aí tudo bem . mas o que me deixava puto era andar atrás dela na rua e ela fugir de mim. Acho que fui muito duro com ela algumas vezes. Peço desculpas Preta.
Talvez eu tenha a amado esperando algo em troca... sua lealdade... e ela tinha suas próprias vontades e desejos.
Quando eu saí do quilombo e fui morar na serra eu deixei ela com meu pai. Ele amou ela de um jeito mais paterno que o meu. Aceitava ela, fazia seus caprichos e mimava. Eu tentava zelar pela educação, não deixava subir no sofá e ele liberou tudo. Acho que ela foi muito feliz nesse tempo.
Acho que tem muitas coisas pra eu aprender com a Preta. Sou muito grato. Vai com Deus. Fica em paz Pretinha
17 de setembro de 2018
Amigos, o corpo é um grande systema de razão. Por detraz de nossos pensamentos
acha-se um Sr. poderoso, um sábio desconhecido. Corrijo-me as realidades, pela
inversão natural da ordem lógica, transformando o passado em futuro.
Mestre Pastinha
Certa vez, um velho capoeirista conhecido pelo primeiro nome, Geraldo — assim sem alcunhas, títulos ou patentes —, afirmou que a Capoeira Angola é um “jogo de verdade e de mentira, de vida e de morte e que, justamente por isso, dá acesso ao espírito”
Mestre Pastinha
Certa vez, um velho capoeirista conhecido pelo primeiro nome, Geraldo — assim sem alcunhas, títulos ou patentes —, afirmou que a Capoeira Angola é um “jogo de verdade e de mentira, de vida e de morte e que, justamente por isso, dá acesso ao espírito”
13 de setembro de 2018
NÃO POSSO ADIAR O AMOR
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
roubei do luis flores
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
roubei do luis flores
24 de agosto de 2018
22 de agosto de 2018
19 de agosto de 2018
17 de agosto de 2018
11 de julho de 2018
3 de julho de 2018
22 de junho de 2018
21 de junho de 2018
Tempo
BELEZA E MORTEEternidade não é o tempo sem fim. Tempo sem fim é insuportável. Já imaginaram uma música sem fim, um beijo sem fim, um livro sem fim? Tudo o que é belo tem de terminar. Tudo o que é belo tem de morrer. Beleza e morte andam sempre de mãos dadas. Eternidade é o tempo completo, esse tempo do qual a gente diz: “valeu a pena”. Não é preciso evolução, não é preciso transformação: o tempo é completo e a felicidade é total.
O TEMPO
Há duas formas de marcar o tempo. Uma delas foi inventada por homens que amam a precisão dos números, matemáticos, astrônomos, cientistas, técnicos. Para marcar o tempo de forma precisa, eles fabricaram ampulhetas, relógios, cronômetros, calendários. Nesses artefatos técnicos, todos os pedaços do tempo – segundos, minutos, dias, anos – são feitos de uma mesma substância: números, entidades matemáticas. Não há inícios nem fins, apenas a indiferente sucessão de momentos, que nada dizem sobre alegrias e sofrimentos. Apenas um bolso vazio. Nele, a alma não encontra morada.
Nas Olimpíadas, a performance dos corredores e nadadores é medida até os centésimos. Fico a me perguntar: “Como é que conseguem? Que diferença faz?”.
A outra foi inventada por homens que sabem que a vida não pode ser medida com calendários e relógios. A vida só pode ser marcada com a vida. Os amantes do Cântico dos Cânticos marcavam o tempo do amor pelos frutos maduros que pendiam das árvores. Quando as folhas dos plátanos ficam amarelas sabemos que o outono chegou. Os ipês-rosas e amarelos anunciam o inverno.
Qual a magia que informa os ipês, todos eles, em lugares muito diferentes, que é hora de perder as folhas e florescer? E sem misturar as cores. Primeiro os rosas, depois os amarelos e, finalmente, os brancos.
Sugeri que algum compositor compusesse uma sinfonia ou uma brincadeira musical em três movimentos. Primeiro movimento, “Ipê-rosa”, andante tranquilo, em que os violoncelos cantam a paz e a segurança. Segundo movimento, “Ipê-amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com a dos ipês, fazem soar a exuberância da vida. Terceiro movimento, “Ipê-branco”, moderato, em que o veludo dos oboés cantam a mansidão. Seria bom se nós, como os ipês, nos abríssemos para o amor no inverno.
A precisão dos números marca o tempo das máquinas e do dinheiro. O tempo do amor se marca com o corpo.
Um calendário é coisa precisa: anos, meses, dias, horas, que são marcados com números.
Esses números medem o tempo. Mas os pedaços de tempo são bolsos vazios: nada há dentro deles. O bolso vazio do tempo se torna parte do nosso corpo quando o enchemos com vida. Aí o tempo não mais pode ser representado por números. O tempo aparece como um fruto que vai sendo comido: é belo, é colorido, é perfumado. E, à medida que vai sendo comido, vai acabando. Vem a tristeza. O tempo da vida se marca por alegrias e tristezas. Há inícios e há fins.
Tempus fugit; o tempo foge. Portanto, carpe diem: colha o dia como um fruto que amanhã estará podre.
Viver ao ritmo de alegrias e tristezas é ser sábio. “Sapio”, no latim, quer dizer, “eu saboreio”.
O sábio é um degustador da vida. A vida não é para ser medida. Ela é para ser saboreada.
Um texto bíblico diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos um coração sábio”. Acho que Jesus sorriria se eu acrescentasse ao “Pai-Nosso” outra súplica: “A fruta nossa de cada dia dá-nos hoje…”. Caqui, pitanga, morango à beira do abismo, melancia… Heráclito foi um filósofo grego fascinado pelo tempo. Contemplava o rio e via que tudo é rio.
Percebeu que não é possível entrar duas vezes no mesmo rio; na segunda vez, as águas serão outras, o primeiro rio já não existirá. Tudo é água que flui: as montanhas, as casas, as pedras, as árvores, os animais, os filhos, o corpo… Assim é tudo, assim é a vida: tempo que flui sem parar. Daquilo que ele supostamente escreveu, restam apenas fragmentos enigmáticos. Dentre eles, um me encanta: “Tempo é criança brincando, jogando; da criança o reinado”.
Para nós, o tempo é um velho, cada vez mais velho, sobre quem se acumulam os anos que passam e de quem a vida foge. Heráclito, ao contrário, diz que o tempo é criança, início permanente, movimento circular, o fim que volta sempre ao início, fonte de juventude eterna, possibilidade de novo começos.
Tempo é criança? O que o filósofo queria dizer exatamente eu não sei. Mas sei que as crianças odeiam Chronos, o deus dos cronômetros, dos segundos, dos centésimos de segundos O relógio é o tempo do dever: corpo engaiolado.
MOMENTOS EFÊMEROS
Rubem Alves, “Do Universo à Jabuticaba”. (crônicas). São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010
30 de maio de 2018
29 de abril de 2018
Você ja foi até o Rio Negro, não?
Tem que ir. Tem que ir.
Eu um negro nessa cidade portuaria
Nas aguas do rio negro me reconheço. Eu sou da cor do rio.
Do rio negro.
Eu um negro
Aqui não tem muitos negros.
Na equipe do filme sou o único negro.
A luz quando entra no rio negro acende nas entranhas o vermelho.
Eu preto e vermelho.
Eu um negro
11 de abril de 2018
6 de abril de 2018
24 de março de 2018
23 de março de 2018
21 de março de 2018
Não se desconstrói um homem
Nunca houveram desconstruídos
Um homem só pode vir abaixo a golpes
Assim como a casa que só se entrega pela força da demolição
tijolo a tijolo
Quero ser um homem em demolição
Ruir
Trincar
Cair pra só então poder me levantar
Edificar
Separo no entulho algo que presta
Que não se quebrou
Tijolo a tijolo
Com as próprias mãos
9 de março de 2018
5 de março de 2018
23 de fevereiro de 2018
16 de fevereiro de 2018
26 de janeiro de 2018
Ocupação Principal
Filmador(a) independente
Atividade Principal (CNAE)
74.20-0/04 - Filmagem de festas e eventos
Ocupações Secundárias Atividades Secundárias (CNAE)
Locador(a) de outras máquinas e
equipamentos comerciais e
industriais não especificados
anteriormente, sem operador,
independente
77.39-0/99 - Aluguel de outras máquinas e equipamentos comerciais e industriais
não especificados anteriormente, sem operador
Bikeboy (ciclista mensageiro)
independente 53.20-2/02 - Serviços de entrega rápida
Cantor(a)/músico(a) independente 90.01-9/02 - Produção musical
Disc jockey (dj) ou video jockey (vj)
independente 90.01-9/06 - Atividades de sonorização e de iluminação
Editor(a) de vídeo, independente 59.12-0/99 - Atividades de pós-produção cinematográfica, de vídeos e de
programas de televisão não especificadas anteriormente
Fotógrafo(a) independente 74.20-0/01 - Atividades de produção de fotografias, exceto aérea e submarina
Instrutor(a) de arte e cultura em
geral, independente 85.92-9/99 - Ensino de arte e cultura não especificado anteriormente
Eletricista em residências e
estabelecimentos comerciais,
independente
43.21-5/00 - Instalação e manutenção elétrica
Instrutor(a) de música, 85.92-9/03 - Ensino de música
independente
Proprietário(a) de camping
independente 55.90-6/02 - Campings
Transportador(a) municipal de
cargas não perigosas(carreto),
independente
49.30-2/01 - Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e
mudanças, municipal
minha vida mei
minha vida mei
22 de janeiro de 2018
Hoje tirei para ouvir o primeiro disco do graveola
foi bom lembrar daquele tempo entre amigos filmando tocando e descobrindo a vida com meus queridos amirros.
hoje estamos um pouco dispersos mas ainda muito juntos. vocês vivem em mim.
Do disco essa canção me bateu mais forte.
uma composição de luiz e zé cada um fez uma parte. por isso dois lados. uma bela canção.
21 de janeiro de 2018
sinto saudades de um amigo que não tive a oportunidade de conhecer de perto
saudades da vida
como a sensação de pensar que realmente se vai morrer. deixar a vida à força de uma doença
saudade de mim
de alguém
de ligar no fixo e falar por horas
saudade d'um carinho
de uma amigue do peito por perto
e de canção
tristeza e beleza
dormir com um barulho desses
a morte inesperada de uma pessoa próxima é a morte de cada um de nós
aproveito o embalo dessa partida
pra derramar outras tristezas
nessa noite de lua nova
anoiteço em meu lugar
ouço as músicas do flávio henrique
faço seu itinerário
um compositor nunca morre
saudades da vida
como a sensação de pensar que realmente se vai morrer. deixar a vida à força de uma doença
saudade de mim
de alguém
de ligar no fixo e falar por horas
saudade d'um carinho
de uma amigue do peito por perto
e de canção
tristeza e beleza
dormir com um barulho desses
a morte inesperada de uma pessoa próxima é a morte de cada um de nós
aproveito o embalo dessa partida
pra derramar outras tristezas
nessa noite de lua nova
anoiteço em meu lugar
ouço as músicas do flávio henrique
faço seu itinerário
um compositor nunca morre
19 de janeiro de 2018
18 de janeiro de 2018
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
(Carlos Drummond de Andrade)
extraído da página de Carla Maia na ocasião da morte de Flávio Henrique.
Um poema para o dia de hoje, em que há tantos de luto:
extraído da página de Carla Maia na ocasião da morte de Flávio Henrique.
Um poema para o dia de hoje, em que há tantos de luto:
15 de janeiro de 2018
8 de janeiro de 2018
NO REINO DA POESIA
(inspirado por Carlos Drummond de Andrade)
Não escreva poemas
sobre você mesmo.
(inspirado por Carlos Drummond de Andrade)
Não escreva poemas
sobre você mesmo.
Não chame atenção
para as suas revelações
nem faça confissões.
Mesmo se a intenção
for expiar dor,
superar culpa,
acalmar sua
compreensível raiva,
não exume
o luto da sua mãe,
o tormento sexual do seu irmão,
a ladroagem da sua irmã,
o ódio de seu pai por ele mesmo,
o fortuito mapa astral do seu padrasto.
Sentimentos não são poemas.
Parentes deveriam ser deixados
em seus habitats naturais,
na sarjeta
ou ao lado do caixa.
Não escreva poemas
sobre os outros.
Deixe maridos de fora,
divorciadas, alcoólatras,
adolescentes pustulentos, enfermeiras.
Já existe um excesso
de roteiros enfadonhos.
Esqueça os amigos
e inimigos,
bodas
e momentos especiais.
Alguém que trabalha com cartões comemorativos
já contemplou estes tópicos.
Não escreva sobre
manchetes internacionais,
a criança que desapareceu
e seus restos mortais,
a praia em fogo
e a página engolida,
o quinquagésimo
discurso do presidente.
Seja lá o que aconteceu
não foi um poema.
Não tente mostrar
o quão sensível você é.
Outros já alegaram
serem plantas.
Não é necessário mostrar
o quão insensível você é
já que isto é um fato
indiscutível.
Não escreva poemas
ligando
um evento corriqueiro
em sua vida
— fazer a barba, arrumar o sutiã, andar de metrô,
admirar um por do sol particularmente pitoresco —
a um momento significativo da história
— pogrom, fome, exílio e assassinato —
ou a um mito — estupro, ciúmes, ou rejeição —
na verdade a qualquer coisa que tenha um tema.
Poemas não são papers
apresentados em congressos.
Não cante as alegrias da cidade
ou liste as virtudes da vida rural.
Não mencione cisnes,
mortadela, olhos ressecados,
ou filósofos de uma orelha só.
Piqueniques e pinturas não são poemas.
Não lance mão de dramas
ou mentiras.
Não utilize seus desejos
como um ponto de partida.
Segredos devem ser
deixados onde estão.
Não fique de pé
em um teatro em chamas
e declare
“ninguém dá ouvidos à poesia”.
Não escreva poemas
sobre como poetas
ganham mal.
Jogue fora
suas memórias,
enterre seus espelhos.
- - - - - - -
de “Sotto Voce e outros poemas”, de John Yau, em tradução de Marcelo F. Lotufo, publicado pelas edições Jabuticaba.
para as suas revelações
nem faça confissões.
Mesmo se a intenção
for expiar dor,
superar culpa,
acalmar sua
compreensível raiva,
não exume
o luto da sua mãe,
o tormento sexual do seu irmão,
a ladroagem da sua irmã,
o ódio de seu pai por ele mesmo,
o fortuito mapa astral do seu padrasto.
Sentimentos não são poemas.
Parentes deveriam ser deixados
em seus habitats naturais,
na sarjeta
ou ao lado do caixa.
Não escreva poemas
sobre os outros.
Deixe maridos de fora,
divorciadas, alcoólatras,
adolescentes pustulentos, enfermeiras.
Já existe um excesso
de roteiros enfadonhos.
Esqueça os amigos
e inimigos,
bodas
e momentos especiais.
Alguém que trabalha com cartões comemorativos
já contemplou estes tópicos.
Não escreva sobre
manchetes internacionais,
a criança que desapareceu
e seus restos mortais,
a praia em fogo
e a página engolida,
o quinquagésimo
discurso do presidente.
Seja lá o que aconteceu
não foi um poema.
Não tente mostrar
o quão sensível você é.
Outros já alegaram
serem plantas.
Não é necessário mostrar
o quão insensível você é
já que isto é um fato
indiscutível.
Não escreva poemas
ligando
um evento corriqueiro
em sua vida
— fazer a barba, arrumar o sutiã, andar de metrô,
admirar um por do sol particularmente pitoresco —
a um momento significativo da história
— pogrom, fome, exílio e assassinato —
ou a um mito — estupro, ciúmes, ou rejeição —
na verdade a qualquer coisa que tenha um tema.
Poemas não são papers
apresentados em congressos.
Não cante as alegrias da cidade
ou liste as virtudes da vida rural.
Não mencione cisnes,
mortadela, olhos ressecados,
ou filósofos de uma orelha só.
Piqueniques e pinturas não são poemas.
Não lance mão de dramas
ou mentiras.
Não utilize seus desejos
como um ponto de partida.
Segredos devem ser
deixados onde estão.
Não fique de pé
em um teatro em chamas
e declare
“ninguém dá ouvidos à poesia”.
Não escreva poemas
sobre como poetas
ganham mal.
Jogue fora
suas memórias,
enterre seus espelhos.
- - - - - - -
de “Sotto Voce e outros poemas”, de John Yau, em tradução de Marcelo F. Lotufo, publicado pelas edições Jabuticaba.
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