28 de agosto de 2013

Por que o jazz não faz mais parte da cena pop?…


“Porque não é mais a música que importa. As pessoas não querem mais saber da música em si, mas sim de quem faz a música. O público está mais interessado nas celebridades e em como determinado artista é famoso do que na música. Mudou a maneira como o público se relaciona com a música. Ele não tem mais uma ligação transcendental com a música e sua qualidade. Quer apenas o glamour. O jazz não quer fazer parte disso. Sabe por quê? Não se trata de humildade, nem de arrogância, de uma postura “não queremos ser famosos, somos underground”. Nada disso. O jazz é sobre a alma humana, não sobre a aparência. O jazz tem valores, ensina a viver o momento, trabalhar em conjunto e, especialmente, a respeitar o próximo. Quando músicos se reúnem para tocar juntos, é preciso respeitar e entender o que o outro faz. O jazz em particular é uma linguagem internacional que representa a liberdade, por causa de suas raízes na escravidão. O jazz faz as pessoas se sentirem bem em relação a si mesmas”.
Herbie Hancock

26 de agosto de 2013


o fracasso é o momento necessário,
inventa o para além no tempo dos possíveis já dados.

21 de agosto de 2013

Chupei manga




http://www.growroom.net/2013/08/20/efeitos-da-canabis-sao-potencializados-pela-manga/


18 de agosto de 2013

Leis tácitas de Harun Farocki
1. Nunca deixar que um ator atue o próprio despertar. 
2. Sempre valorizar um filme de ficção por suas qualidades documentais. 
3. Se se mostra alguém preparando a comida, sempre mostrá-lo depois lavando os pratos.
4. Nunca usar "Fratres" de Arvo Pärt como trilha sonora.
5. Nunca usar imagens dos campos de extermínio sem datá-las com precisão.
6. Se alguém é homem e escreve um roteiro com uma personagem feminina, nunca esquecer que é homem.
7. Nunca esquecer de mostrar o que a câmera não pode filmar.
8. Nunca usar câmera lenta para conseguir efeitos poéticos.
9. Se há um novo regime de imagens no mundo, nunca esquecer de mostrá-lo.
10. Nunca fazer primeiríssimos planos de rostos falando.
11. Sempre fazer listas.

roubado de http://wecantgohomeagain.blogspot.com.br/
http://rugsonly.tumblr.com/

para inspirar

salvem nossas florestas

amigos fim de festa


aniversário do rafa cha-cha
2013

10 de agosto de 2013


"O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel."
( Platão )

"Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder."
( G. K. Chesterton ) 

"O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez."
( Autor Desconhecido ) 


 …aproveitei para refletir sobre a vida do escritor. É uma vida cheia de contratempos. Pra começar, ele deve sofrer a pobreza e a indiferença do mundo; depois, tendo conquistado uma parcela de sucesso, tem de se submeter sem protesto aos seus riscos. Dependente de um público inconstante. Está à mercê de jornalistas que querem entrevistá-lo; de fotógrafos que querem tirar-lhe o retrato; de diretores de revistas que o atormentam pedindo matéria; de cobradores de impostos que o atormentam por causa do imposto sobre a renda; de pessoas que o convidam para almoçar; de secretários de instituições que o convidam para fazer conferências; de mulheres que o querem para marido e de mulheres que querem se divorciar dele; de jovens que lhe pedem autógrafo; de estranhos que querem um empréstimo; de senhoras sentimentais que lhe solicitam a opinião sobre assuntos matrimoniais; de rapazes graves que querem opinião sobre suas composições; de agentes, editores, advogados, admiradores, chatos, críticos, e da própria consciência. Mas existe uma compensação. Sempre que tiver alguma coisa no espírito, seja uma reflexão torturante, a dor pela morte de um amigo, um amor não correspondido, o orgulho ferido, o ressentimento pela falsidade de alguém que lhe devia ser grato, enfim, qualquer emoção ou qualquer ideia obcecante, basta reduzi-la a preto-e-branco, usando-a como assunto de uma história ou enfeite de um ensaio, para esquecê-la de todo. Ele é o único homem livre.

W. Somerset Maugham

8 de agosto de 2013

Cantar bem sem olhar a quem



Educação sentimental do homem.
Episódio de hoje: a cantada.
Sim, amigos, a cantada é como a revolução de Mao Tse-Tung, tem que ser permanente.
Existem mulheres que a gente canta no jardim da infância para dar o primeiro beijo lá pelos treze, quatorze.
Mas é necessário que a cante sempre, não aquela cantada localizada, neoliberal e objetiva, falo do flerte, do mimo, do regador que faz florescer, como numa canção brega, todos os adjetivos desse mundo.
A cantada de resultado, aquela imediata, é uma chatice, insuportável, se eu fosse mulher reagiria com um tapa de novela mexicana, daqueles que fazem plaft!
A boa cantada é a cantada permanente.
E mais importante ainda depois que rolam as coisas, depois que acontece, aí a cantada vira devoção, oração dos pobres moços a todas elas.
Porque cantar só para uma noitada de sexo é uma pobreza dos diabos, qualquer um animal o faz.
Porque cantar, à vera, é cantar todas e não cantar nenhuma ao mesmo tempo.
Explico: é espalhar pacientemente a devoção a todas as mulheres como quem espalha sementes nos campos de lírios.
Mesmo que elas digam, com aquele riso litografado na covinha do sorriso, que você diz isso para todas.
E claro que para cada uma dizemos uma loa, fazemos uma graça, não repetimos o texto, o lirismo, o floreado.
Porque amamos mesmo as mulheres.
Cantemos indiscriminadamente, e que me perdoe o velho e bom Vinícius de Moraes, mas cantemos sobretudo as ditas feias, esse conceito cruel e abstrato de beleza. Elas merecem, até porque as feias não existem, nunca conheci nenhuma até hoje.
Não por sermos generosos, piedade, ou algo do gênero… É que a dita feia, quando bem cantada, vira a superfêmea, para lembrar a bela pornochanchada com a Vera Fischer.
A cantada permanente e indiscriminada é irresistível, quando você menos espera, acontece o que você tanto sonhava.
Sim, tem que ter o cuidado para não ser simplesmente um chato que baba diante do melhor dos espetáculos, a existência das mulheres.
Ter que cantar sempre a mesma mulher e parecer que está apenas de passagem, que o estribilho é sempre novo, nada de larararás que mais parecem refrões do Sullivan e do Massadas, lembram dessa dupla de músicas chicletosas?
Ah, digamos que você cantou a Sônia Braga ainda naqueles tempos em que Gabriela subiu com aquele vestidinho no telhado –a cena mais quente da teledramaturgia brasileira até hoje- e e continuou cantando, sempre, sutil e sempre, e agora ela, passados tantos calendários, se comove e resolve recompensá-lo!
Vai ser lindo do mesmo jeito, não acha? Na tela do nosso cocoruto vai passar o videotape de todos os desejos antigos e despejados no ralo pela morena cravo & canela.