22 de janeiro de 2015

https://www.youtube.com/watch?x-yt-ts=1421782837&x-yt-cl=84359240&v=uHUaT2iQ29M

nesse clipe atuei como operador de stadicam

19 de janeiro de 2015

12 de janeiro de 2015

Manifesto Farofa

"A praça é do povo, como o céu é do condor"
Castro Alves

Venho através deste manifesto manifestar.
Há poucos dias, a praia, em forma de Praia da Estação, chegou a Belo Horizonte na Praça da Estação e de uma maneira surpreendente nem todos ficaram contentes. Viva a praia, a praia é de todos!
Viva a praia que nasceu de forma espontânea(ou, digamos, natural) repudiando o decreto que proíbe eventos de qualquer natureza na praça pública da estação. Abaixo a genialidade da prefeitura em conservar a praça, vazia.
Viva a tradicional família mineira! É importante lembrarmos que a praça em questão, a Praça da Estação, teve sua reforma realizada com o apoio, ou melhor com o dinheiro de uma família tradicional mineira.
Viva a visão além do alcance. Uma das integrantes da tal família, uma senhorita, em seu depoimento sobre o fechamento da tal praça afirma que concorda com o fechamento porque vê de seu camarote a depredação da praça, por exemplo, um homem fazendo xixi num monumento. Viva o camarote, os palácios e os feudos!
Saudemos os camarotes nas praças do centro de Belo Horizonte que dão ampla visão aos nossos aristocartas. Coisa chique. Salva de palmas para ela!
Uma aristocrata que se preza tem que ter um camarote e ser muito observadora. Ver os mínimos detalhes.
Senhoras Chiques, gostaria de convidá-las para Paris Plage, a praia feita em plena Paris em frente a prefeitura durante o verão.
Viva a Paris Plage francesa, lá todos os civilizados se sentem a vontade de curtir uma praia em plena praça. Viva o museu do Louvre e o museu de Artes e Ofícios na Praia da Estação!
Lá sim as pessoas são educadas o bastante e não fariam xixi na praça. Mas aqui não. Aqui é um país que não tem verão. Abaixo ao verão e ao efeito estufa!
Quer dizer, pode até ter no Rio de Janeiro ou na Bahia, Belo Horizonte não. Aqui temos hábitos mais moderados, realmente não gostamos de festa. Viva o come quieto! Viva o pão de queijo!
Quanto a depredação, o xixi na rua, vale cantarmos nossa Olinda. "Olinda quero cantar". Em Olinda e em Recife, desfilam milhões de pessoas. Olinda é considerada toda ela, e não só a praça, um patrimônio. Viva o carnaval, a tropicália e Dionísio na pessoa de Zé Celso Martinês!!
E onde será que as pessoas fazem xixi em Olinda? Porque será que todas elas voltam no ano seguinte? Como a cidade não veio a baixo, ou flutuou no mijo alheio? São perguntar que não querem calar.
Agora, todos que estiveram lá garantem: a festa é linda e talvez seja a maior manifestação popular do mundo. Em Belo Horizonte, o que fazem as pessoas? E a prefeitura dita popular? Abaixo as festas populares!
Nesses dias de praia da estação escutei muito que as pessoas que lá estão são farofeiras. Qual é o problema que as pessoas têm com a farofa?
Viva a Farofa, ela é uma delícia, assim como a praia.
Farofa prato brasileiro feito com farinha de mandioca, planta sagrada para nossos indígenas.
Viva a comida prática e fácil de comer com a mão. Será que os aristocratas belorizontinos topariam?
Viva o encontro dos chiques brasileiros com os indígenas e com a farofa. Que todos tenham um objeto indígena interessante na sala de estar, para quando vier um amigo estrangeiro. Viva os povos indígenas brasileiros, a vida a céu aberto e a antropofagia!
Abaixo a melancolia, viva a praia da alegria. Momento único para minha câmeraeye.
Viva as pessoas de todas as idades e espécies numa comunhão praiana. Sou praieiro, sou guerreiro, sou farofeiro, sou brasileiro!
Viva o encontro de pessoas e o desfrutar de uma tarde de sol comendo farofa caseira e com a mão, elas são infindas!
Lutemos por nossos direitos, mas de forma alegre e festiva. Abram alas para a realização dos sonhos, exóticos, paradisíacos e o melhor, que não estejam perdidos no passado. Viva a farofa nossa de cada dia!
Ao invés de proibir, oxalá que nossa prefeitura "compre" a idéia dando estrutura para o evento. Colocando, porque não, banheiros públicos para que as pessoas não necessitem do chão.
Que venham todas as Renatas, as Leilas, as Solanges e Angelas. Mesmo que elas estejam em seus camarotes!
Que elas acenem para o povo, como se estivessem no Copacabana Palace e todos esperassem pela Madona. Viva a cultura Pop e nossos ídolos.
Vivas as prefeituras tem um pé também na Europa, ou outra visão ilusionista qualquer. Que elas comam farofa com a mão, andem descalças, ou simplesmente tomem um banho de mangueira num quintal onde não há um rio ou uma praia potável. Viva os franciscanos e as carmelitas descalças.
Viva uma Belo Horizonte francesa desde a fundação, porém com a mesma rebeldia de quem um dia já cortou a cabeças de seus reis. Viva maio de 68, Viva todas as revoluções!!!

28 de outubro de 2014

selfie de bigode para Dora.

22 de outubro de 2014



Fã de carteirinha do Frito na Hora tive o prazer de gravar essas imagens que transformaram em um lindo vídeo-poema-romance.
Gratidão e vida longa aos Fritos.

16 de outubro de 2014

Alevantar ou levantar

As duas palavras estão corretas e existem na língua portuguesa. Podemos utilizar os verbos alevantar e levantar sempre que quisermos referir o ato de se pôr de pé, erguer, elevar, aumentar a altura ou intensidade, altear, arrebitar, hastear, provocar. O verbo levantar é tido como o mais correto e socialmente aceite, sendo o mais utilizado. A palavra alevantar, embora com um uso mais popular, aparece em dicionários como sendo o mesmo que levantar. 

Os verbos alevantar e levantar têm sua origem na palavra em latim levantare. A palavra alevantar é ainda formada a partir de derivação prefixal, ou seja, é acrescentado um prefixo a uma palavra já existente. Neste caso temos o prefixo a- mais o verbo levantar. 

O prefixo a- significa afastamento ou separação quando de origem grega, mas poderá significar afastamento, separação ou uma aproximação, a realização de um movimento para mais perto, mais junto, quando de origem latina. 

Contudo, na palavra alevantar, este prefixo funciona como um elemento protético, ou seja, um elemento com valor expletivo que não provoca qualquer alteração de sentido, não trazendo nenhuma nova ideia ou significado à palavra mãe. É utilizado apenas como apoio fonético sendo, assim, dispensável. 

Exemplos: 
Tenho que me levantar, mas tenho tanta preguiça! 
Tenho que me alevantar, mas tenho tanta preguiça! 

Levante sua cabeça e não se sinta derrotada. 
Alevante sua cabeça e não se sinta derrotada. 

Seu comportamento suspeito levantou dúvidas sobre suas intenções. 
Seu comportamento suspeito alevantou dúvidas sobre suas intenções. 

Existem, na língua portuguesa, palavras que apresentam mais do que uma grafia correta. A estas palavras chamamos formas gráficas variantes. Embora haja sempre uma forma preferida e mais utilizada pelos falantes, todas as formas são corretas.
Palavras Relacionadas: alevantarlevantar.

3 de outubro de 2014



um dos meus vídeos favoritos.

1 de outubro de 2014

28 de setembro de 2014

Fazer 30 anos
Affonso Romano de Sant'Anna

QUATRO pessoas, num mesmo dia, me dizem que vão fazer 30 anos. E me anunciam isto com uma certa gravidade. Nenhuma está dizendo: vou tomar um sorvete na esquina, ou: vou ali comprar um jornal. Na verdade estão proclamando: vou fazer 30 anos e, por favor, prestem atenção, quero cumplicidade, porque estou no limiar de alguma coisa grave.

Antes dos 30 as coisas são diferentes. Claro que há algumas datas significativas, mas fazer 7, 14, 18 ou 21 é ir numa escalada montanha acima, enquanto fazer 30 anos é chegar no primeiro grande patamar de onde se pode mais agudamente descortinar.

Fazer 40, 50 ou 60 é um outro ritual, uma outra crônica, e um dia eu chego lá. Mas fazer 30 anos é mais que um rito de passagem, é um rito de iniciação, um ato realmente inaugural. Talvez haja quem faça 30 anos aos 25, outros aos 45, e alguns, nunca. Sei que tem gente que não fará jamais 30 anos. Não há como obrigá-los. Não sabem o que perdem os que não querem celebrar os 30 anos. Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.

Até os 30, me dizia um amigo, a gente vai emitindo promissórias. A partir daí é hora de começar a pagar. Mas também se poderia dizer: até essa idade fez-se o aprendizado básico. Cumpriu-se o longo ciclo escolar, que parecia interminável, já se foi do primário ao doutorado. A profissão já deve ter sido escolhida. Já se teve a primeira mesa de trabalho, escritório ou negócio. Já se casou a primeira vez, já se teve o primeiro filho. A vida já se inaugurou em fraldas, fotos, festas, viagens, todo tipo de viagens, até das drogas já retornou quem tinha que retornar.

Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar.

Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.

Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.

Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.

Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.

Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.

Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar.
(13.10.85)

O texto acima foi extraído do livro "
A Mulher Madura", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1986, pág. 36.


kk, obrigado.

23 de setembro de 2014

BELO HORIZONTE
[1]
Um dia vou aprender a partir
vou partir
como quem fica
[2]
Um dia vou aprender a ficar
vou ficar
como quem parte
----------------------------------------------
mais uma delicadeza poética do livro
“Da Arte das Armadilhas", da
Ana Martins Marques

16 de setembro de 2014

 “é em sexo, morte e Deus, que eu penso invariavelmente, todo dia”.
Adélia Prado

10 de setembro de 2014



dos idos de 2008
"Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial".

Virginia Woolf

7 de setembro de 2014



todos os dias sinto saudades do Dominguinhos.

4 de setembro de 2014

RUA DE MÃO ÚNICA from Katásia Filmes on Vimeo.


Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado, 2013, 8’40’
O caráter destrutivo não vê nada de duradouro. Mas eis precisamente por que vê caminhos por toda parte. Onde outros esbarram em muros ou montanhas, também aí ele vê um caminho. Já que o vê por toda parte, tem de desobstruí-lo também por toda parte. Nem sempre com brutalidade, às vezes com refinamento. Já que vê caminhos por toda parte, está sempre na encruzilhada. Nenhum momento é capaz de saber o que o próximo traz. O que existe ele converte em ruínas, não por causa das ruínas, mas por causa do caminho que passa através delas. (Walter Benjamin)
Produzido por Katásia Filmes e 88 Filmes
Fotografia: Bernard Machado

27 de agosto de 2014

para uma nova gramática:
imagine um sentimento água. um sentimento árvore.
uma agonia vidro. uma emoção céu. uma espera pedra.
um amor manga. um colorido vento sul. um jeito casa
de ser. uma forma líquida de pensar. uma vida paredes.
uma existência mar. uma solidão cordilheira. uma
alegria pássaro em chuva fina. uma perda corpo.
acho que hoje acordei semente. tenho andado muito temporal. minha irmã vive um momento tudo. a vida às vezes transborda pelos poros. me atinge um estado livro. aurora em meus joelhos. tem pessoas ponte. algumas carregam a gravidade nas costas. já conheci gente buraco negro. eu amo o instante limo. tem um branco em mim. a vida me urca. sofro de saudade anônima. palavras me beijam a boca
(poema do livro Pensamento Chão)

23 de agosto de 2014




redenção pelo pagode.

17 de agosto de 2014

14 de julho de 2014

"Não me prendo a nada que me defina.
Sou companhia, mas posso ser solidão.
Tranqüilidade e inconstância, pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio. 
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer...
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato.
Ou toca, ou não toca."
Clarice Lispector

13 de julho de 2014

Quem inventou o amor teve certamente inclinações musicais.

2 de julho de 2014




lady laura

milho verde - MG | julho de 2013

1 de julho de 2014



canção da despedida

13 de junho de 2014

Oi,
Você não precisa se extremar urgentemente
Nem generalizar sua opinião como quem funda um partido próprio a todo e qualquer custo.
Se sua ideologia não está fundamentada, sua opinião pode inclusive estar em formação, você tem este direito.
Urgentemente (enquanto você declara alguns óbvios absurdos)
Você precisa estudar o surfe ao invés de surfar por aí irresponsavelmente.


13 hrs · 

2 de junho de 2014

19 de maio de 2014

14 de maio de 2014

Gilberto Freyre
“Já fumamos a macumba ou diamba. Produz realmente visões e um como cansaço suave; a impressão de quem volta cansado dum baile, mas com a música ainda nos ouvidos.” (nas notas de Casa Grande & Senzala)

8 de maio de 2014


a marcinha.

5 de maio de 2014


video em que fiz a direção de fotografia e câmera.

20 de abril de 2014

Demorou 29 anos mas na semana passada pari minha primeira música! É uma loa de maracatu para o Trovão das Minas, grupo que faço parte. Demorou mais de um ano entre os primeiros pensamentos até sair letra, melodia e arranjo. Tive a ajuda luxuosa da minha querida amiga Daniela Ramos na reta final. Maior felicidade desse mundo. Sempre morri de inveja dos compositores. Em breve posto aqui.

obrigado aos mestres que me inspiraram, principalmente Morais e Humberto Maracanã .

1 de abril de 2014



a efemera e euforica confidencia, à quem evita
vagando vazia
um novo ano, o tempo e o espaço invariavelmente evitando…
mal podendo sobrever a inacontecibilidade do que, podendo ser
se fez fim

31 de março de 2014




PERDER TEMPO
Gente para o progresso que acredito,
A ordem é outra: Tem que se perder tempo.
Uma pausa em tudo no meio da tarde. 
No meio do trabalho, no meio da vida.
O dinheiro não é tempo. Ele não compra um devaneio.
Que seja o café, o chá, um floreio ornamental,
O importante é contemplar...
Progresso é perder tempo em pensamento,
discutir política, rever os atos, reconsiderar os fatos.
A poesia está no ínfimo do dia a dia.
A maioria das coisas passam desapercebidas.
Estamos cheios de sis.
Há muito além de nossa vã expectativa.
Se a ordem é o meio e o progresso é o fim,
O amor por todas as coisas é o princípio.

rafael fares

22 de janeiro de 2014

O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que as dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor os meus silêncios.
Manoel de Barros

16 de janeiro de 2014


O querer
(Brisa Marques)

Quero, mas não tenho o que quero
Quero sempre o que não posso
Quero tanto que não quero querer tanto, me esforço
Mas te quero tanto quanto quero o canto enquanto verso
É cantando que converso, canto tanto quanto posso
Se reparo, me disperso, se preparo, me reforço
Quanto mais eu vento leve, mais o tempo pede forte
Para a planta está a terra, como a vida para a morte
Sou um tanto controverso, mas confesso tenho um mote
De não ter tudo o que quero, quero contar com a sorte

24 de dezembro de 2013

qualquer dia desse vou dar um rolezinho e tumultuar o encontro dos donos de harleys com minha bicicleta.

25 de outubro de 2013



documentário sobre Tambor de Crioula do Maranhão com Mestre Wanderley

13 de setembro de 2013

28 de agosto de 2013

Por que o jazz não faz mais parte da cena pop?…


“Porque não é mais a música que importa. As pessoas não querem mais saber da música em si, mas sim de quem faz a música. O público está mais interessado nas celebridades e em como determinado artista é famoso do que na música. Mudou a maneira como o público se relaciona com a música. Ele não tem mais uma ligação transcendental com a música e sua qualidade. Quer apenas o glamour. O jazz não quer fazer parte disso. Sabe por quê? Não se trata de humildade, nem de arrogância, de uma postura “não queremos ser famosos, somos underground”. Nada disso. O jazz é sobre a alma humana, não sobre a aparência. O jazz tem valores, ensina a viver o momento, trabalhar em conjunto e, especialmente, a respeitar o próximo. Quando músicos se reúnem para tocar juntos, é preciso respeitar e entender o que o outro faz. O jazz em particular é uma linguagem internacional que representa a liberdade, por causa de suas raízes na escravidão. O jazz faz as pessoas se sentirem bem em relação a si mesmas”.
Herbie Hancock

26 de agosto de 2013


o fracasso é o momento necessário,
inventa o para além no tempo dos possíveis já dados.

21 de agosto de 2013

Chupei manga




http://www.growroom.net/2013/08/20/efeitos-da-canabis-sao-potencializados-pela-manga/


18 de agosto de 2013

Leis tácitas de Harun Farocki
1. Nunca deixar que um ator atue o próprio despertar. 
2. Sempre valorizar um filme de ficção por suas qualidades documentais. 
3. Se se mostra alguém preparando a comida, sempre mostrá-lo depois lavando os pratos.
4. Nunca usar "Fratres" de Arvo Pärt como trilha sonora.
5. Nunca usar imagens dos campos de extermínio sem datá-las com precisão.
6. Se alguém é homem e escreve um roteiro com uma personagem feminina, nunca esquecer que é homem.
7. Nunca esquecer de mostrar o que a câmera não pode filmar.
8. Nunca usar câmera lenta para conseguir efeitos poéticos.
9. Se há um novo regime de imagens no mundo, nunca esquecer de mostrá-lo.
10. Nunca fazer primeiríssimos planos de rostos falando.
11. Sempre fazer listas.

roubado de http://wecantgohomeagain.blogspot.com.br/
http://rugsonly.tumblr.com/

para inspirar

salvem nossas florestas

amigos fim de festa


aniversário do rafa cha-cha
2013

10 de agosto de 2013


"O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel."
( Platão )

"Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder."
( G. K. Chesterton ) 

"O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez."
( Autor Desconhecido ) 


 …aproveitei para refletir sobre a vida do escritor. É uma vida cheia de contratempos. Pra começar, ele deve sofrer a pobreza e a indiferença do mundo; depois, tendo conquistado uma parcela de sucesso, tem de se submeter sem protesto aos seus riscos. Dependente de um público inconstante. Está à mercê de jornalistas que querem entrevistá-lo; de fotógrafos que querem tirar-lhe o retrato; de diretores de revistas que o atormentam pedindo matéria; de cobradores de impostos que o atormentam por causa do imposto sobre a renda; de pessoas que o convidam para almoçar; de secretários de instituições que o convidam para fazer conferências; de mulheres que o querem para marido e de mulheres que querem se divorciar dele; de jovens que lhe pedem autógrafo; de estranhos que querem um empréstimo; de senhoras sentimentais que lhe solicitam a opinião sobre assuntos matrimoniais; de rapazes graves que querem opinião sobre suas composições; de agentes, editores, advogados, admiradores, chatos, críticos, e da própria consciência. Mas existe uma compensação. Sempre que tiver alguma coisa no espírito, seja uma reflexão torturante, a dor pela morte de um amigo, um amor não correspondido, o orgulho ferido, o ressentimento pela falsidade de alguém que lhe devia ser grato, enfim, qualquer emoção ou qualquer ideia obcecante, basta reduzi-la a preto-e-branco, usando-a como assunto de uma história ou enfeite de um ensaio, para esquecê-la de todo. Ele é o único homem livre.

W. Somerset Maugham

8 de agosto de 2013

Cantar bem sem olhar a quem



Educação sentimental do homem.
Episódio de hoje: a cantada.
Sim, amigos, a cantada é como a revolução de Mao Tse-Tung, tem que ser permanente.
Existem mulheres que a gente canta no jardim da infância para dar o primeiro beijo lá pelos treze, quatorze.
Mas é necessário que a cante sempre, não aquela cantada localizada, neoliberal e objetiva, falo do flerte, do mimo, do regador que faz florescer, como numa canção brega, todos os adjetivos desse mundo.
A cantada de resultado, aquela imediata, é uma chatice, insuportável, se eu fosse mulher reagiria com um tapa de novela mexicana, daqueles que fazem plaft!
A boa cantada é a cantada permanente.
E mais importante ainda depois que rolam as coisas, depois que acontece, aí a cantada vira devoção, oração dos pobres moços a todas elas.
Porque cantar só para uma noitada de sexo é uma pobreza dos diabos, qualquer um animal o faz.
Porque cantar, à vera, é cantar todas e não cantar nenhuma ao mesmo tempo.
Explico: é espalhar pacientemente a devoção a todas as mulheres como quem espalha sementes nos campos de lírios.
Mesmo que elas digam, com aquele riso litografado na covinha do sorriso, que você diz isso para todas.
E claro que para cada uma dizemos uma loa, fazemos uma graça, não repetimos o texto, o lirismo, o floreado.
Porque amamos mesmo as mulheres.
Cantemos indiscriminadamente, e que me perdoe o velho e bom Vinícius de Moraes, mas cantemos sobretudo as ditas feias, esse conceito cruel e abstrato de beleza. Elas merecem, até porque as feias não existem, nunca conheci nenhuma até hoje.
Não por sermos generosos, piedade, ou algo do gênero… É que a dita feia, quando bem cantada, vira a superfêmea, para lembrar a bela pornochanchada com a Vera Fischer.
A cantada permanente e indiscriminada é irresistível, quando você menos espera, acontece o que você tanto sonhava.
Sim, tem que ter o cuidado para não ser simplesmente um chato que baba diante do melhor dos espetáculos, a existência das mulheres.
Ter que cantar sempre a mesma mulher e parecer que está apenas de passagem, que o estribilho é sempre novo, nada de larararás que mais parecem refrões do Sullivan e do Massadas, lembram dessa dupla de músicas chicletosas?
Ah, digamos que você cantou a Sônia Braga ainda naqueles tempos em que Gabriela subiu com aquele vestidinho no telhado –a cena mais quente da teledramaturgia brasileira até hoje- e e continuou cantando, sempre, sutil e sempre, e agora ela, passados tantos calendários, se comove e resolve recompensá-lo!
Vai ser lindo do mesmo jeito, não acha? Na tela do nosso cocoruto vai passar o videotape de todos os desejos antigos e despejados no ralo pela morena cravo & canela.