12 de abril de 2011
11 de abril de 2011
- Mundo grande
Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.
Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem... sem que ele estale.
Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma, não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! Vai inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos – voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam.)
Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.
Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar,
ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio.
Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.
Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
– Ó vida futura! Nós te criaremos.

5 de abril de 2011
O tempo que você perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita valia.
Vicente Joaquim Ferreira Pastinha (Salvador, 5 de abril de 1889 — Salvador, 13 de novembro de 1981), foi um dos principais mestres de Capoeira da história.
4 de abril de 2011
o perigo da radioatividade é um medo conceitual demais. água contaminada por partículas ou ondas de algo que pode modificar a forma como os atomos se organizam, gerar mutaçoes, câncer e sabe-se lá o que mais.
PS: desculpes os problemas de acentuaçao dos últimos e futuros posts. o computador do sebastian tem teclado uruguaio e nao tem til.
PS: desculpes os problemas de acentuaçao dos últimos e futuros posts. o computador do sebastian tem teclado uruguaio e nao tem til.
3 de abril de 2011
31 de março de 2011
29 de março de 2011
28 de março de 2011
20 de março de 2011
9 de março de 2011
3 de março de 2011
8 de fevereiro de 2011
2 de fevereiro de 2011
17 de janeiro de 2011
16 de janeiro de 2011
até que emfim tomei vergonha e troquei o fundo do blog. tirei o modelo deles, que até me agradava muito, mas acho que ainda não encontrei. vamos vendo.
ontem fui num show de um amigo do peito, luiz gabriel, lá em sabará. foi bem bonito. em breve imagens, que ele editará, aqui no blog.
aproveito para aplicar um disco que estou ouvindo quase ininterruptemente; se chama Coisas, do Moacir Santos e é de 1965.
http://br-instrumental.blogspot.com/2006/03/moacir-santos-coisas-1965.html
15 de janeiro de 2011
9 de janeiro de 2011
4 de janeiro de 2011
22 de dezembro de 2010
beíceícêéleétêá
tem um video muito bonito do meu camarada alex lindolfo que tem um plano de bicicleta que me inspirou. assista aqui.
21 de dezembro de 2010
14 de dezembro de 2010
9 de dezembro de 2010
esse video tem bicicleta e djembe juntos. 2 coisas q eu curto demais.
hj a glaura disse uma coisa linda
"se não fosse a áfrica o brasil seria muito chato"
assista a 2a parte do video aqui.
7 de dezembro de 2010
30 de novembro de 2010
noturna
subjetiva do motoqueiro à caminho de casa depois da chuva.
quando o asfalto está molhado é preciso levantar as pernas para fugir dos respingos da roda dianteira. não é mera imprudência.
26 de novembro de 2010
20 de novembro de 2010
Saiba mais aqui.
15 de novembro de 2010
navegar é preciso. viver não é preciso.
a descer o rio madeira em direção ao vilarejo de nazaré da mata.
12 de novembro de 2010
7 de novembro de 2010
convite triste

vamos beber, vamos ler jornal,
vamos dizer que a vida é ruim,
meu amigo, vamos sofrer.
Vamos fazer um poema
ou qualquer outra besteira.
Fitar por exemplo uma estrela
por muito tempo, muito tempo
e dar um suspiro fundo
ou qualquer outra besteira.
Vamos beber uísque, vamos
beber cerveja preta e barata,
beber, gritar e morrer,
ou, quem sabe? beber apenas.
Vamos xingar a mulher,
que está envenenando a vida
com seus olhos e suas mãos
e o corpo que tem dois seios
e tem um embigo também.
Meu amigo, vamos xingar
o corpo e tudo que é dele
e que nunca será alma.
Meu amigo, vamos cantar,
vamos chorar de mansinho
e ouvir muita vitrola,
depois embriagados vamos
beber mais outros sequestros
(o olhar obsceno e a mão idiota)
depois vomitar e cair
e dormir.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Brejo das Almas'
3 de novembro de 2010
1 de novembro de 2010
Lapinha Museu Vivo
esse é o video do encontro do grupo de capoeira que faço parte (Eu Sou Angoleiro) produz anualmente em Lagoa Santa MG. gravado e editado por mim e mauricio rezende.
31 de outubro de 2010
28 de outubro de 2010
#rondôniafellings
o filme que fui fazer em rondonia. o diretor foi o Feli, aqui de BH, e o resto da equipe era de lá. só sangue bom.
26 de outubro de 2010
sobre a afirmação de que só me divirto de verdade quando danço.
aniversário do bené do hugo e do ribão. 2010
do meu camarada chico sá.

DA INVEJA DO CHUVEIRINHO QUE TOCA O CÉU DAS MOÇAS
Ah se pudéssemos, durante o sagrado ato da devoção oral, usar a língua como jatinhos de água que morrem mansamente sobre o clitóris! Pingos que descaem com precisão depois de tocar nos céus das negas.
Ah insuperável chuveirinho, desgraçado chuveirinho, amansa-moça, amansa-moça da porra. Nuvens ponta-cabeça que valem por uma penca de homens, mesmo os melhores, mesmo os devotos, mesmo os chegados. Que inveja de pênis que nada!, a inveja da humanidade é desse pequeno chuveiro que faz misérias, cócegas n´alma etc, zolhinhos fechados etc etc etc.
texto do chico sá.
foto da marilia rocha da viagem a fechados MG para doc.
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