Só quando danço me liberto do tempo:
esvoaçam as memórias, levantam vôo de mim.
MIA COUTO
No livro "Mar Me Quer"
2 de junho de 2013
29 de maio de 2013
23 de maio de 2013
22 de maio de 2013
20 de maio de 2013
notas sobre a manutenção de motocicletas
o motociclista que cai pensa que tem tudo sob controle até o último instante antes de se ver no chão. é uma cegueira momentânea e realmente tudo acontece muito rápido. a única forma de evitar é aumentar a margem de erro. mantenha a distância. cuidado nas curvas.
o motociclista que cai pensa que tem tudo sob controle até o último instante antes de se ver no chão. é uma cegueira momentânea e realmente tudo acontece muito rápido. a única forma de evitar é aumentar a margem de erro. mantenha a distância. cuidado nas curvas.
13 de maio de 2013
10 de maio de 2013
Quando há vontade de dizer o que vem até a boca, às vezes, é melhor o silêncio. A distância para o esquecimento. O esquecimento para a proximidade. A proximidade para a distância. E de novo ser livre. A vida executada na sua ordem ordinária. A vida simples sentida em seu caos extra-ordinário!
Quando o silêncio já é ensurdecedor é melhor dizer. Quando o esquecimento já é a ausência completa é melhor lembrar. E de novo ser livre.
Hoje faz frio. A noite foi de chuva passageira. 01h36... mistério pulsando na madrugada...e o que eu não consigo escrever é o que faz a madrugada mais longa. Quem sabe ela já dura um mês ou 2.
7 de maio de 2013
no momento sinto que a guerra travada entre minhas mãos, esquerda e direita, está se acirrando. sou canhoto mas uso a direita como destro para tarefas mais pesadas, arremessar objetos e para tocar percussão, enquanto a esquerda escreve, come e tem mais precisão para pequenos movimentos.
para cortar alimentos as vezes troco a faca de mão dependendo da dificuldade e dureza da leguminosa.
tocar zabumba é uma guerra.
para cortar alimentos as vezes troco a faca de mão dependendo da dificuldade e dureza da leguminosa.
tocar zabumba é uma guerra.
6 de maio de 2013
4 de maio de 2013
2 de maio de 2013
29 de abril de 2013
O amor acaba
Por Paulo Mendes Campos
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
26 de abril de 2013
25 de abril de 2013
24 de abril de 2013
23 de abril de 2013
labor from bruno vasconcelos on Vimeo.
bela homenagem de bruno guanambi ao mestre aloysio raulino ainda em vida.
bela homenagem de bruno guanambi ao mestre aloysio raulino ainda em vida.
15 de abril de 2013
13 de abril de 2013
8 de abril de 2013
post de fundação: Vândalos do Asfalto
hoje é o dia da fundação do meu próprio motoclube cujo presidente e único associado sou eu. Vândalos do Asfalto - MG - Brasil
18 de março de 2013
4 de março de 2013
23 de fevereiro de 2013
Interlúdio from ruan on Vimeo.
operei steadicam nesse filme de uma galera que considero pakas da UNA. A fotografia é do rick mello.
operei steadicam nesse filme de uma galera que considero pakas da UNA. A fotografia é do rick mello.
14 de fevereiro de 2013
7 de fevereiro de 2013
6 de fevereiro de 2013
1 de fevereiro de 2013
28 de janeiro de 2013
26 de janeiro de 2013
21 de janeiro de 2013
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