19 de maio de 2014

14 de maio de 2014

Gilberto Freyre
“Já fumamos a macumba ou diamba. Produz realmente visões e um como cansaço suave; a impressão de quem volta cansado dum baile, mas com a música ainda nos ouvidos.” (nas notas de Casa Grande & Senzala)

8 de maio de 2014


a marcinha.

5 de maio de 2014


video em que fiz a direção de fotografia e câmera.

20 de abril de 2014

Demorou 29 anos mas na semana passada pari minha primeira música! É uma loa de maracatu para o Trovão das Minas, grupo que faço parte. Demorou mais de um ano entre os primeiros pensamentos até sair letra, melodia e arranjo. Tive a ajuda luxuosa da minha querida amiga Daniela Ramos na reta final. Maior felicidade desse mundo. Sempre morri de inveja dos compositores. Em breve posto aqui.

obrigado aos mestres que me inspiraram, principalmente Morais e Humberto Maracanã .

1 de abril de 2014



a efemera e euforica confidencia, à quem evita
vagando vazia
um novo ano, o tempo e o espaço invariavelmente evitando…
mal podendo sobrever a inacontecibilidade do que, podendo ser
se fez fim

31 de março de 2014




PERDER TEMPO
Gente para o progresso que acredito,
A ordem é outra: Tem que se perder tempo.
Uma pausa em tudo no meio da tarde. 
No meio do trabalho, no meio da vida.
O dinheiro não é tempo. Ele não compra um devaneio.
Que seja o café, o chá, um floreio ornamental,
O importante é contemplar...
Progresso é perder tempo em pensamento,
discutir política, rever os atos, reconsiderar os fatos.
A poesia está no ínfimo do dia a dia.
A maioria das coisas passam desapercebidas.
Estamos cheios de sis.
Há muito além de nossa vã expectativa.
Se a ordem é o meio e o progresso é o fim,
O amor por todas as coisas é o princípio.

rafael fares

22 de janeiro de 2014

O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que as dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor os meus silêncios.
Manoel de Barros

16 de janeiro de 2014


O querer
(Brisa Marques)

Quero, mas não tenho o que quero
Quero sempre o que não posso
Quero tanto que não quero querer tanto, me esforço
Mas te quero tanto quanto quero o canto enquanto verso
É cantando que converso, canto tanto quanto posso
Se reparo, me disperso, se preparo, me reforço
Quanto mais eu vento leve, mais o tempo pede forte
Para a planta está a terra, como a vida para a morte
Sou um tanto controverso, mas confesso tenho um mote
De não ter tudo o que quero, quero contar com a sorte

24 de dezembro de 2013

qualquer dia desse vou dar um rolezinho e tumultuar o encontro dos donos de harleys com minha bicicleta.

25 de outubro de 2013



documentário sobre Tambor de Crioula do Maranhão com Mestre Wanderley

13 de setembro de 2013

28 de agosto de 2013

Por que o jazz não faz mais parte da cena pop?…


“Porque não é mais a música que importa. As pessoas não querem mais saber da música em si, mas sim de quem faz a música. O público está mais interessado nas celebridades e em como determinado artista é famoso do que na música. Mudou a maneira como o público se relaciona com a música. Ele não tem mais uma ligação transcendental com a música e sua qualidade. Quer apenas o glamour. O jazz não quer fazer parte disso. Sabe por quê? Não se trata de humildade, nem de arrogância, de uma postura “não queremos ser famosos, somos underground”. Nada disso. O jazz é sobre a alma humana, não sobre a aparência. O jazz tem valores, ensina a viver o momento, trabalhar em conjunto e, especialmente, a respeitar o próximo. Quando músicos se reúnem para tocar juntos, é preciso respeitar e entender o que o outro faz. O jazz em particular é uma linguagem internacional que representa a liberdade, por causa de suas raízes na escravidão. O jazz faz as pessoas se sentirem bem em relação a si mesmas”.
Herbie Hancock

26 de agosto de 2013


o fracasso é o momento necessário,
inventa o para além no tempo dos possíveis já dados.

21 de agosto de 2013

Chupei manga




http://www.growroom.net/2013/08/20/efeitos-da-canabis-sao-potencializados-pela-manga/


18 de agosto de 2013

Leis tácitas de Harun Farocki
1. Nunca deixar que um ator atue o próprio despertar. 
2. Sempre valorizar um filme de ficção por suas qualidades documentais. 
3. Se se mostra alguém preparando a comida, sempre mostrá-lo depois lavando os pratos.
4. Nunca usar "Fratres" de Arvo Pärt como trilha sonora.
5. Nunca usar imagens dos campos de extermínio sem datá-las com precisão.
6. Se alguém é homem e escreve um roteiro com uma personagem feminina, nunca esquecer que é homem.
7. Nunca esquecer de mostrar o que a câmera não pode filmar.
8. Nunca usar câmera lenta para conseguir efeitos poéticos.
9. Se há um novo regime de imagens no mundo, nunca esquecer de mostrá-lo.
10. Nunca fazer primeiríssimos planos de rostos falando.
11. Sempre fazer listas.

roubado de http://wecantgohomeagain.blogspot.com.br/
http://rugsonly.tumblr.com/

para inspirar

salvem nossas florestas

amigos fim de festa


aniversário do rafa cha-cha
2013

10 de agosto de 2013


"O tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel."
( Platão )

"Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder."
( G. K. Chesterton ) 

"O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez."
( Autor Desconhecido ) 


 …aproveitei para refletir sobre a vida do escritor. É uma vida cheia de contratempos. Pra começar, ele deve sofrer a pobreza e a indiferença do mundo; depois, tendo conquistado uma parcela de sucesso, tem de se submeter sem protesto aos seus riscos. Dependente de um público inconstante. Está à mercê de jornalistas que querem entrevistá-lo; de fotógrafos que querem tirar-lhe o retrato; de diretores de revistas que o atormentam pedindo matéria; de cobradores de impostos que o atormentam por causa do imposto sobre a renda; de pessoas que o convidam para almoçar; de secretários de instituições que o convidam para fazer conferências; de mulheres que o querem para marido e de mulheres que querem se divorciar dele; de jovens que lhe pedem autógrafo; de estranhos que querem um empréstimo; de senhoras sentimentais que lhe solicitam a opinião sobre assuntos matrimoniais; de rapazes graves que querem opinião sobre suas composições; de agentes, editores, advogados, admiradores, chatos, críticos, e da própria consciência. Mas existe uma compensação. Sempre que tiver alguma coisa no espírito, seja uma reflexão torturante, a dor pela morte de um amigo, um amor não correspondido, o orgulho ferido, o ressentimento pela falsidade de alguém que lhe devia ser grato, enfim, qualquer emoção ou qualquer ideia obcecante, basta reduzi-la a preto-e-branco, usando-a como assunto de uma história ou enfeite de um ensaio, para esquecê-la de todo. Ele é o único homem livre.

W. Somerset Maugham

8 de agosto de 2013

Cantar bem sem olhar a quem



Educação sentimental do homem.
Episódio de hoje: a cantada.
Sim, amigos, a cantada é como a revolução de Mao Tse-Tung, tem que ser permanente.
Existem mulheres que a gente canta no jardim da infância para dar o primeiro beijo lá pelos treze, quatorze.
Mas é necessário que a cante sempre, não aquela cantada localizada, neoliberal e objetiva, falo do flerte, do mimo, do regador que faz florescer, como numa canção brega, todos os adjetivos desse mundo.
A cantada de resultado, aquela imediata, é uma chatice, insuportável, se eu fosse mulher reagiria com um tapa de novela mexicana, daqueles que fazem plaft!
A boa cantada é a cantada permanente.
E mais importante ainda depois que rolam as coisas, depois que acontece, aí a cantada vira devoção, oração dos pobres moços a todas elas.
Porque cantar só para uma noitada de sexo é uma pobreza dos diabos, qualquer um animal o faz.
Porque cantar, à vera, é cantar todas e não cantar nenhuma ao mesmo tempo.
Explico: é espalhar pacientemente a devoção a todas as mulheres como quem espalha sementes nos campos de lírios.
Mesmo que elas digam, com aquele riso litografado na covinha do sorriso, que você diz isso para todas.
E claro que para cada uma dizemos uma loa, fazemos uma graça, não repetimos o texto, o lirismo, o floreado.
Porque amamos mesmo as mulheres.
Cantemos indiscriminadamente, e que me perdoe o velho e bom Vinícius de Moraes, mas cantemos sobretudo as ditas feias, esse conceito cruel e abstrato de beleza. Elas merecem, até porque as feias não existem, nunca conheci nenhuma até hoje.
Não por sermos generosos, piedade, ou algo do gênero… É que a dita feia, quando bem cantada, vira a superfêmea, para lembrar a bela pornochanchada com a Vera Fischer.
A cantada permanente e indiscriminada é irresistível, quando você menos espera, acontece o que você tanto sonhava.
Sim, tem que ter o cuidado para não ser simplesmente um chato que baba diante do melhor dos espetáculos, a existência das mulheres.
Ter que cantar sempre a mesma mulher e parecer que está apenas de passagem, que o estribilho é sempre novo, nada de larararás que mais parecem refrões do Sullivan e do Massadas, lembram dessa dupla de músicas chicletosas?
Ah, digamos que você cantou a Sônia Braga ainda naqueles tempos em que Gabriela subiu com aquele vestidinho no telhado –a cena mais quente da teledramaturgia brasileira até hoje- e e continuou cantando, sempre, sutil e sempre, e agora ela, passados tantos calendários, se comove e resolve recompensá-lo!
Vai ser lindo do mesmo jeito, não acha? Na tela do nosso cocoruto vai passar o videotape de todos os desejos antigos e despejados no ralo pela morena cravo & canela.

31 de julho de 2013

milho verde - mg
inverno 2013

19 de julho de 2013

A ilha ninguém achou
porque todos o sabíamos.
Mesmo nos olhos havia
uma clara geografia.

Mesmo nesse fim de mar
qualquer ilha se encontrava,
mesmo sem mar e sem fim,
mesmo sem terra e sem mim.

Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar.

 
Jorge de Lima.
um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisa que os valha

ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra

Paulo Leminski

14 de julho de 2013

12 de julho de 2013

(...) aprendi com os Dogon uma regra incrível, que se transformou na norma da minha vida, que é 'fazer de conta' como fazemos agora. 'Faire comme si' 'Fazer de conta' é ... 'Fazer de conta' que o que dizemos é verdade. (...) Tenho consciência de ter 'feito de conta' a vida toda. Fiz de conta que era engenheiro de estradas, fiz de conta que era ex-combatente. Fiz de conta que lutei na guerra. Fiz de conta etc... E era verdade.

Rouch
procuro o amor ideal
um que tenha bastante torque em baixas rotações.

5 de julho de 2013

.


Encher a cara tudo bem. Fumar maconha já é vandalismo.

por 
Lucas Buzatti

4 de julho de 2013

,

já nem sinto mais saudade dos anos 70.

ArraiáBacate do Quilombo



diração imagens edição e atuação: eu e Bujão

3 de julho de 2013

,


"Minas é uma palavra montanhosa." 

Minas não é palavra montanhosa.
É palavra abissal. Minas é dentro e
fundo.

As montanhas escondem o que é Minas.
No alto mais celeste, subterrânea,
é galeria vertical varando o ferro
para chegar ninguém sabe onde.

Ninguém sabe Minas. A pedra
o buriti
a carranca
o nevoeiro
o raio
selam a verdade primeira, sepultada
em eras geológicas de sonho.

Só mineiros sabem. E não dizem
nem a si mesmos o irrevelável segredo
chamado Minas.


A Palavra Minas - Carlos Drummond de Andrade

.

procuro a mulher ideal. uma que seja educadora de cães.

28 de junho de 2013

24 de junho de 2013

18 de junho de 2013


de júlia panadés

rolé








sr. hélio é o mais novo feliz proprietário de uma drag star 2003 com 5mil km rodados.

buscamos a danada

trip com meu pai - são paulo - bh
amar os encontros 
os desencontros 
as despedidas 
as saudades 
os confrontos
os embates
amar o que bate


11 de junho de 2013

Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse

(Carlos Drummond de Andrade)

7 de junho de 2013

2 de junho de 2013

dá muito trabalho ser alguém em quem se pode confiar.
Só quando danço me liberto do tempo:
esvoaçam as memórias, levantam vôo de mim.

MIA COUTO
No livro "Mar Me Quer"

29 de maio de 2013

24 de maio de 2013



mais uma bela canção do meu cumpadre luiz gabriel lopes

bateu pesado

23 de maio de 2013

hoje na avenida vi um grupo correndo 
pensei ser uma equipe de corrida
mas era um assalto


na frente o ladrão descalço corria mais que todos os outros que usavam tênis de corrida

da série gifs animados


joana canta


fotos: leandro césar
gif: eu
pixo logo existo