9 de maio de 2016

a sensação de estranhamento com a cidade e a nova conjuntura que encontrei aqui persiste. na verdade sou outra
pessoa. quando se atravessa um rio nunca que a gente chega do outro lado onde pensava.
sempre um pouco mais abaixo. e assim sou um exilado. estou na minha própria terra. reaprendo todos os dias a gostar
das coisas que já nem sabia que gostava. e gosto de gostar de coisas novas. e fico em silêncio.
pego um onibus azul ou vermelho. caminho sob a chuva fina.

você está em mim. mora em mim. e me visita logo ao acordar todas as manhãs. e vai. ao cair da tarde se senta ao meu lado
e fica calada. me olha, saca um livro e os óculos lê algumas páginas. à noite se deita ao meu lado. me abraça por trás
e respira perto das minhas costas, me aquece. se vira e eu adormeço.
 
num sonho me acende o fogo. mostra o que eu quero ver. dá o que eu quero ter.


desculpa a minha falta de jeito

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