Tanta coisa acontece. Não falo mais de distância, nem de saudade, essas coisas são novas pra mim, porque já não são como achava que fossem, aqui tudo é mais, muito mais outras, e diversas, e sempre mutantes, formas diárias reorganizadas de como saber da distância, sentir saudade e ter esperança. Um lugar virtual que parece com a casa e que é dentro da gente. Tem sido muita casa. Até o porto-seguro balança. Se voltar fosse o caso, não era destino certo. O corpo f(r)atura múltiplas experiências de autogerência e sinto inclusive saudades dessas multi-eus que pode ser que tenham passado desapercebidamente, perdidas em casas ainda inexploradas. Aqui, e quando digo aqui é além-lugar o que se deve imaginar, tudo não tem lugar fixo. Tenho comigo uma câmera que me é parceira desde dois mil e seis, olho pra ela, o olho nela, vejo através do objeto mais antigo que dou conta nessa companhia de seres novos que tenho ao lado, e não a reconheço, não reconheço o que vejo. Penso no Rio. Penso em Minas. Penso pelo menos em centoessessenta pessoas que eu poderia nomear agora, incluídas algumas repetições do que venho sendo. Penso em mim. Distância é dentro da gente. Saudade paralaxe.
22 de maio de 2016
Tanta coisa acontece. Não falo mais de distância, nem de saudade, essas coisas são novas pra mim, porque já não são como achava que fossem, aqui tudo é mais, muito mais outras, e diversas, e sempre mutantes, formas diárias reorganizadas de como saber da distância, sentir saudade e ter esperança. Um lugar virtual que parece com a casa e que é dentro da gente. Tem sido muita casa. Até o porto-seguro balança. Se voltar fosse o caso, não era destino certo. O corpo f(r)atura múltiplas experiências de autogerência e sinto inclusive saudades dessas multi-eus que pode ser que tenham passado desapercebidamente, perdidas em casas ainda inexploradas. Aqui, e quando digo aqui é além-lugar o que se deve imaginar, tudo não tem lugar fixo. Tenho comigo uma câmera que me é parceira desde dois mil e seis, olho pra ela, o olho nela, vejo através do objeto mais antigo que dou conta nessa companhia de seres novos que tenho ao lado, e não a reconheço, não reconheço o que vejo. Penso no Rio. Penso em Minas. Penso pelo menos em centoessessenta pessoas que eu poderia nomear agora, incluídas algumas repetições do que venho sendo. Penso em mim. Distância é dentro da gente. Saudade paralaxe.
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